Será que tem aqui?

sábado, 5 de janeiro de 2008

* Inveja *

Meu dia hoje começou bem punk, e eu já chorei duas vezes - fora outras tantas "seguradas", e nem são três da tarde ainda. A visita na UTI demorou horrores pra ser liberada, primeiro ficamos todos esperando lá embaixo mesmo, na recepção, e depois mais um pouco lá em cima, até que chamaram as visitas do pessoal "do lado de lá", pediram pra gente, "do lado de cá", esperar ainda mais um pouco. Passado um tempo, tiraram lá de dentro um homem entubado, e qdo deu meio-dia pudemos entrar. Mas foi na hora de ir embora que aconteceu o episódio da inveja...

Inveja de alguém no hospital, pense num fim de carreira!

Esperando meu carro, olhei pra baixo e lá no caixa do estacionamento do PS tinha um casal, ele pagando o ticket, mas isso não me chamou a atenção até que percebi que ele colocou a bolsa dela no ombro, uma bolsa bege-dourada, grande, e passou o braço pelas costas da menina, protegendo, amparando, porque ela estava doente... E meu coração doeu! Me deu uma tristeza enorme e um desejo maior ainda de ter também alguém pra ficar comigo. Me senti sozinha...

E vindo pra cá, encontrei uma pessoa com quem convivo há 4 anos que insiste comigo que não precisava pedir marmitex porque tem frango, eu podia comer frango, mas nem o peito do frango vc não come? NÃO, PELA ÚLTIMA VEZ, EU NÃO GOSTO DE FRANGO PURO. Me dê frango com batatas, com arroz, que eu como um pouquinho, não vou negar. Mas comprar um frango e dizer pra mim que é almoço só vai me deixar irritada num dia em que as coisas já não começaram assim tão bem.

Eu decidi mais uma coisa: eu quero conhecer uma pessoa que queira ficar comigo tanto quanto eu com ela, e que faça questão de saber das coisas que eu gosto ou não, porque quando a gente ama tem vontade de agradar, fazer sorrir. Não vou perder tempo com alguém que não dá a mínima para o que eu sinto, não quero ninguém egoísta comigo. Só que isso é um segredo meu comigo mesma, pois é mais uma das coisas que eu já falei tantas vezes que perdi a credibilidade. Quando ele se der conta, já me perdeu para outro que me dá o devido valor. É isso, uma das minhas resoluções de ano novo é não dar valor a quem não me dá o valor que mereço. E essa amargura vai embora num piscar de olhos!

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